Livro: Marapanim - Reconstituição História Cultural, Mística e Chistosa.
Autor: Agripino Almeida Conceição.
Livro:
Autor: Joaquim Amoras Castro
Historiador Cultural: Carlos Vieira Canuto
E Comunidade Marapaniense.
O Município de Marapanim, demonstra ao longo de sua história seu potencial, que marca sua diversidade cultural, aqui queremos compartilhar com você essa diversidade, sem deixar de lado nossa vaidade com relação ao símbolo maior de nossa manifestação cultural paraense: "O AUTENTICO CARIMBÓ", tanto tocado quanto dançado em todos os seus ritmos e traços dançante , que só aqui em MARAPANIM, se vê e se sente, se você ficou contagiado com a nossa cultural, então convido para fazer uma viagem no mundo cultural Marapaniense.
COMO SURGIU O CARIMBÓ EM MARAPANIM:
Para seu AGRIPINO, poeta, historiador e pesquisador, muitos se intitulam REI DO CARIMBÓ, se os folcloristas sensato tivessem que eleger um rei do carimbó, logicamente ele seria de MARAPANIM, um município que sempre esteve na frente, quando se fala de carimbó, mesmo recebendo muitas criticas de pessoas sem noção, quando fala que o carimbó é uma dança só de PRETO e CABOCLO.
ZEFERINO ANTÔNIO DA SILVA, foi o primeiro habitante do povoado Santo Antônio (hoje maranhãozinho), as margem do rio paramaú. ao chegar construiu um tijupá, dando inicio ao povoamento atual (maranhãozinho), vindo depois os senhores JOÃO DO VALE, ODORICO, JOÃO MORAIS, LAUREANO, FRANCELINO, BERECOTE e muito outros. ZEFERINO requereu do Estado, as terras a partir do igarapé TURAVELHA ao rio BEBEDOURO próximo ao BUÇU GRANDE. assim, estava formado o povoado do SANTO ANTÔNIO e a CONFRARIA DE SÃO BENEDITO, que foi o primeiro padroeiro do lugar.
ZEFERINO, os primos e demais moradores do povoado, construíram a capela de SÃO BENEDITO e convidaram para celebrar a primeira missa no local, o padre MATEUS DE ALMEIDA, vigário de Igarapé - Açu. com vinda do carimbó trazido pelos maranhenses nômades, passou a fazer parte da festividade de São Benedito na parte profana. O carimbó foi logo revelando valores culturais, que ficaram para historia como: ANTÔNIO PROCÓPIO, JULIA AMARAL (JULIA PIPIRA), NA VILA SILVA, CALANDRINO E GRATULINA.
Em 1915, foi elevado a categoria de povoação, com o nome de MARANHÃO, por causada presença de muitos maranhenses. Com a inclusão do CARIMBÓ na parte profana das festas religiosas da época, o carimbó se difundiu para todo o município e consequentemente para todo o Estado do Pará.
Hoje a comunidade de MARANHÃOZINHO, foi quem difundiu o CARIMBÓ no município de Marapanim e no Estado do Pará.
NO BARRACÃO O CARIMBÓ ERA MAIS GOSTOSO
O carimbó primitivo era dançado em barracão construído de pau roliço com armação amarrado por cipó, coberto de palha de inajá, bancos de varas raspadas, chão batido, enfeitado com palha de açaí de bumgavilha e iluminado com lamparina a querosene, dançado descalço.
O barracão de palha, na época tornou-se uma espécie de devoção para certos promotores do carimbó, como: ANTÔNIO BROCA, MARCELINO SILVA, LANDIM BRASIL DE SOUSA, PEDRO MACAQUINHO, MANDUBÉ, UBIRAJARA e muitos outros, se cantava carimbó sem se preocupar com cachê, só por prazer de cantar e dançar o autentico carimbó marapaniense.
LUCINDO REBELO DA COSTA - 03/03/1906 + 28/09/1988
MESTRE LUCINDO: O AUTENTICO REI DO CARIMBÓ PARAENSE
Pescador desde de infância, teve sua marca de homem lutador e sofredor, diante das dificuldades do mar. Em 1938, em uma noite de pesca, Lucindo teve sua transpassada por um anzol de nº 05, quase 24 horas passada, foi levado ao Paço Municipal, ali funcionava um posto de saúde na época ainda jovem começou sua maratona pela nossa cultura popular, participou de mais de 50 cordões juninos.
Lucindo Costa, além de compositor e músico folclórico, era rezador de ladainha em latim, por falta de divulgação do carimbó na época, mestre Lucindo era pouco conhecido no Estado, somente depois do lançamento do seu primeiro LP (disco vinil) pela continental disco, que os pesquisadores tomaram conhecimento e valor. a partir deste momento passaram a considerar MARAPANIM como maior preservador do carimbó Paraense.
Mestre Lucindo deu uma entrevista para um canal de televisão na época já com uma das pernas amputada, cantou uma de suas musicas que mais gostava com o titulo: "Adeus Morena".
Musica: Adeus morena/meu amor vou te deixar/Eu vou embora/ vou morar em outro lugar.
Mestre Lucindo faleceu pobre, mas deixou o maior ícone da cultura paraense em evidencia para todos.
Segundo o Dr. Camilo Viana em uma de suas reuniões, falou só conheceu dois dos maiores valores culturais no Estado, um dona CLEMENTINA DE JESUS e MESTRE LUCINDO.
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